Algumas pessoas desafiam todos os estereótipos que uma parcela da sociedade tenta criar sobre elas — a doutora Jane Goodall, britânica de 89 anos, é uma dessas pessoas. A poucos meses de completar nove décadas de vida, Jane veio ao Brasil e teve uma agenda intensa com visitas a povos indígenas, à Amazônia, a órgãos ambientais em Brasília e realizou uma palestra gratuita no Unibes Cultural, em São Paulo.
Jane Goodall é um ícone da conservação ambiental no mundo. Reconhecida principalmente pelo seu trabalho na primatologia, Jane conduziu estudos no Parque Nacional de Gombe, na Tanzânia, e mudou a compreensão da sociedade sobre os chimpanzés.
Desde julho de 1960, quando Jane tinha 26 anos, ela não se adequa aos conceitos sobre como deveria se comportar. Em primeiro lugar, por ser mulher, mulher cientista e mulher cientista conduzindo estudos de campo em um país diferente do seu.
Depois, ela ousou tratar os chimpanzés com respeito. Aproximou-se deles, deu nomes aos animais e defendeu que eles eram capazes de sentir empatia e diversas emoções parecidas com as dos humanos, como alegria e tristeza. Além disso, os chimpanzés conseguem criar ferramentas e colaborar uns com os outros. Esse foi apenas o começo de uma longa trajetória de dedicação à proteção da vida selvagem e da natureza.
Além de continuar a defender os animais por meio do Instituto Jane Goodall, hoje a primatóloga trabalha para dar esperança às pessoas e para fortalecer o seu programa de jovens, o Roots & Shoots, para mostrar, desde cedo, que todos têm o potencial de deixar um impacto positivo no planeta.