25.05.2023

Fazendas marinhas: as iniciativas que produzem alimentos nos oceanos

Até 2050, a demanda pela “comida azul” deve dobrar – o consumo global de alimentos aquáticos, com exceção das algas, aumentou a uma taxa média anual de 3% desde 1961
Foto: Jonne Roriz/ Nosso Impacto
Imagem de um grupo de tubarões nadando no oceano.

No Brasil, apesar dos quase 8.000 quilômetros de extensão de litoral, a maricultura – o cultivo de recursos marinhos no oceano, como peixes, moluscos e algas – está concentrada, majoritariamente, em Santa Catarina, que responde por 95% da produção nacional. O Nordeste se destaca pela carcinicultura, a produção de camarão: em 2020, o cultivo atingiu a marca de 63,2 mil toneladas criadas em cativeiro.

Há um incipiente mercado de algas no país, com experiências no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Santa Catarina, além de iniciativas isoladas para a produção de peixe em tanques-rede no mar.

Enquanto isso, há um desafio iminente para as lideranças globais: alimentar as populações do presente e do futuro. Em 2022, o planeta alcançou a marca de 8 bilhões de habitantes – até 2050, a expectativa é que sejam quase 10 bilhões de pessoas na Terra.

Até 2050, a demanda pela “comida azul” deve dobrar. Segundo dados da agência da ONU para Alimentação e Agricultura, a FAO, o consumo global de alimentos aquáticos, com exceção das algas, aumentou a uma taxa média anual de 3% desde 1961, enquanto a taxa de crescimento populacional foi de 1,6%.

Esta reportagem foi produzida com apoio do edital Conexão Oceano de Comunicação Ambiental da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.

Jornalista especializada em meio ambiente e sustentabilidade e cofundadora do Nosso Impacto

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