13.11.2023

Cinco produções para conhecer o trabalho da primatóloga Jane Goodall

Ao tratar chimpanzés com empatia, Goodall identificou semelhanças entre primatas e humanos e mudou a concepção da sociedade sobre os animais
Foto: Michael Neugebauer/ JGI
Imagem de Jane Goodall com seu chimpanzé Chimp.
Jane Goodall ao lado de um chimpanzé. Foto: Michael Neugebauer/ JGI

Desde jovem, Jane Goodall demonstrava um grande interesse por animais e desejava trabalhar com eles na África. Aos 23 anos, Goodall teve a oportunidade de viajar para o continente africano, onde conheceu o paleoantropólogo Louis Leakey, que a selecionou para estudar os chimpanzés no Parque Nacional de Gombe Stream, na Tanzânia, em 1960.

Em vez de chamá-los por números, ela deu nomes aos primatas. Além disso, Jane observou de perto as relações complexas estabelecidas entre os chimpanzés, desafiando as concepções convencionais sobre a distinção entre humanos e primatas. As suas descobertas foram fundamentais para entender mais sobre a vida social dessa espécie, contribuindo significativamente para o campo da primatologia.

Grande defensora do meio ambiente, ela fundou o Jane Goodall Institute e o Roots & Shoots, dedicado à pesquisa, educação e conservação do mundo natural. Recebeu inúmeros títulos de diversas universidades e foi nomeada Mensageira da Paz pela ONU, em 2002.

 A história de Goodall vai muito além da pesquisa científica. Ela também se dedica ao ativismo e a fomentar a esperança entre gerações de pesquisadores e conservacionistas. Aos 89 anos, a primatóloga viaja pelo mundo para motivar outras pessoas a deixarem um impacto positivo no planeta.

Confira algumas produções sobre o trabalho de Jane Goodall:

1. Documentário – Jane (2017)

O documentário biográfico conta a história de como a primatóloga iniciou os seus estudos sobre o comportamento dos chimpanzés durante os anos 1960 no Parque Nacional de Gombe, na Tanzânia. Com 150 horas de gravação feitas pelo cinegrafista Hugo Van Lawick, o filme acompanha Jane realizando seu sonho de criança de viver entre os animais selvagens. Sem nenhuma formação ou estudo de campo anterior, a maior especialista do mundo na espécie apresenta uma nova forma de enxergar estes animais. A produção tem uma hora e meia de duração e está disponível na Disney+.

2. Livro (1991) – Uma Janela para a Vida

Publicado em 1991, o livro da pesquisadora reúne 30 anos de estudos sobre os chimpanzés feitos na África. Na obra, Jane descreve a semelhança desses animais com os humanos para além do DNA, tratando principalmente dos vínculos familiares, as amizades e as guerras. Essa visão fortaleceu ainda mais um senso de preservação da espécie, que atualmente corre risco de extinção. 

A leitura é contada a partir dos relatos vivenciados por Goodall durante os seus estudos em campo iniciados aos 26 anos. Atualmente, ela soma quase 60 anos de experiências em pesquisas e tem várias obras publicadas, voltadas para a educação e preservação ambiental.

3. Palestra – O Que Nos Separa dos Chimpanzés

Neste TED Talk, Goodall fala a fundo sobre a espécie de primatas à qual dedicou sua vida em pesquisas científicas. Ela descreve algumas das diferenças e semelhanças entre os humanos e os chimpanzés e demonstra preocupação com o desaparecimento deles na natureza. Os principais motivos desse desaparecimento são o desmatamento, a exploração madeireira e a caça de animais. No final da palestra, ela incentiva a cada um fazer o que puder para mudar esse cenário. 

4. Palestra – Jane Goodall em São Paulo: Uma noite de inspiração na Unibes Cultural

Na sua passagem pelo Brasil em outubro de 2023, Goodall participou de uma série de encontros e, em São Paulo, realizou uma palestra gratuita no Unibes Cultural. Além de falar sobre o seu trabalho com chimpanzés e em defesa da conservação ambiental, a quase nonagenária se dedicou a promover o programa para jovens Roots & Shoots, que faz parte do Instituto Jane Goodall, cujo objetivo é motivar as gerações mais novas a fazerem a diferença em suas comunidades.

5. Série – Jane: A Esperança para os Chimpanzés

Ao longo de cinco episódios, a série mostra, com imagens únicas gravadas ao longo de 30 anos, a viagem da pesquisadora para criar o maior santuário de chimpanzés da África. Durante esse tempo, ela acompanhou o processo de recuperação de primatas órfãos ao adquirir doenças como tétano, má nutrição e até paralisia. 

Todas as experiências coletadas na viagem serviram de orientação para o mundo científico e é um trabalho pioneiro dentro do campo de pesquisa de chimpanzés.

É estudante de jornalismo na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e estagiária no Nosso Impacto

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