17.11.2021

A força indígena

Txai Suruí ganhou notoriedade ao discursar na abertura da COP26, a conferência do clima, e denunciar crimes contra os povos originários
Foto: Jonne Roriz/ Nosso Impacto
Uma mulher com um cocár na cabeça está em frente a um globo.

Em Glasgow, na Escócia, onde foi realizada a COP26, a conferência das Nações Unidas sobre a mudança do clima, a jovem indígena Txai Suruí discursou na abertura do evento diante de líderes mundiais.

Dentro do centro de eventos escocês, Txai falou sobre os momentos que antecederam a sua ida a Glasgow:

“Sempre me perguntam como foi a minha preparação para estar na COP. Tiveram vários tipos de preparação: conseguir lugar, conseguir a credencial. Mas na minha aldeia tive outro tipo de preparação. Meus tios fizeram esse cocar para mim. Cada adereço tem o seu significado. Esse cocar também tem o seu significado, esse cocar é um cocar de luta. Eu vim aqui para lutar. Meus tios falaram isso para mim: ‘você vai lá lutar pelos nossos direitos’. Nunca sinto que estou lutando sozinha aqui. Todo o meu povo, todos os espíritos da floresta, estão representados nesse cocar comigo, assim como nos outros adereços. Um colar significa poder, o outro significa paz. Minha família fez isso para me dar forças e para representar o meu povo nesse momento”.

Jornalista especializada em meio ambiente e sustentabilidade e cofundadora do Nosso Impacto

Gostou das histórias que você viu por aqui?

Inscreva-se para ficar sempre em dia com o melhor do nosso conteúdo.

Mais histórias em

Foto: USGS, processed by ESA
As DANAs, como a que atingiu Valência, ocorriam de três a quatro vezes por ano; hoje, elas acontecem o ano todo
Foto: Priscila Oliveira/ Unsplash
Pesquisadores já se preocupam com a democratização do conhecimento e o compartilhamento dos novos saberes com a sociedade
Foto: LYCS Architecture/ Unsplash
Empresas e organizações sem fins lucrativos podem prosperar e tornar o impacto sustentável, social e ambiental fundamental para suas missões