Em meio a um dos maiores maciços florestais do país, na Calha Norte do rio Amazonas, o município de Oriximiná começou a ser ocupado por escravos que fugiram das lavouras de cacau e das fazendas de gado no século 19. Os quilombos foram criados e os quilombolas, descendentes e remanescentes de comunidades formadas por escravizados fugitivos, passaram a viver da coleta da castanha-do-brasil e de outros produtos florestais.
No tempo presente, em 2022, comunidades quilombolas de Oriximiná ainda estão se recuperando dos impactos econômicos causados pela pandemia de coronavírus. Com o apoio do Imaflora, o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola, a Cooperativa Mista dos Povos e Comunidades Tradicionais da Calha Norte, a Coopaflora, foi criada em 2019. O objetivo é fortalecer a cadeia de produtos da floresta, como a castanha, o óleo de copaíba, a andiroba, entre outros, e garantir a remuneração justa pelo trabalho dos extrativistas e manter a floresta em pé.